domingo, 8 de maio de 2011

Poesia: Dadaísmo, de Diana Boccato

Dadaísmo
Deus, dádiva divina.
Diabo, dantesca danação.
Dúvida? Dolorosa dúvida.
Dívidas, damas, decotes, danças, dramas. Dogmas.
Datas, debates, decadência débil do dia deficiente, do déficit, da demissão, do desemprego diplomático.
Dejetos deselegantes danificando dias divinos. Dióxido.
Delírios dolorosos, demasiados desejos.
Drástica decisão. Delinqüir? Dedicar?
Defuntos debaixo da dança decúbita de deuses defeituosos, deslumbrados, desfilam depressa... Dióicos desalmados.
Debochados, deglutem damascos... defecam demônios. Defendem-se, DIREITO!
Direito doido, DEUS DOS DESGRAÇADOS, degrau desajustado.
Demora, demora, demora...
Desgraça disfarçada, democracia denegrida.
Degele, delete, deixe... depois defina.
Desabafos desmanchados... dedução.
Declínios despidos.duram dois, dez, duzentos.
Dons de dentro, descrevem desmaios deliciosos.
Debandar? Deitar? Deprimir?
Delinear! Decerto divórcios.
Direção? Direita.
Esquerda depois.

Diana Michaela Amaral Boccato:

3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Eu adorei (mas por mim o nome seria "Esquerda Depois") e olha que nem sou fã de dadaísmo. Sério, prova de bom vocabulário e (muito mais importante) boa articulação!

    Curti demais!

    (Meu outro comentário ia ser algo como: "Diana, demais! Dôrei!...", mas quando tive que usar "Dôrei" pra começar tudo com "D" vi que me faltava talento).

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