segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Dia D: 109 anos do nascimento de Carlos Drummond de Andrade

Quase no apagar das luzes deste que foi denominado dia D, aqui no Brasil, me sento à frente do computador para dedicar algumas palavras ao poeta Carlos Drummond de Andrade. Nascido na cidade mineira de Itabira em 31/10/1902, Drummond foi por muitos considerado o maior poeta brasileiro do século XX, a despeito da produção de contemporâneos seus como Manuel Bandeira, João Cabral de Melo Neto e Cecília Meireles.

O poeta começou sua trajetória literária em 1930 com a publicação de Alguma poesia, obra com tintas modernistas que reuniu parte das contribuições do autor para revistas ligadas àquele movimento. A este livro se seguiriam mais de vinte outros livros, destacando-se desse conjunto títulos como Sentimento do Mundo e A Rosa do Povo - ambos representativos de uma poesia mais engajada, dos tempos de guerra - e, ainda, Claro Enigma e a série de livros Boitempo, na qual a temática da memória se faz mais intensa.

Dono de uma dicção poética marcante e de poemas antológicos como José  (E agora José?), No meio do caminho (No meio do caminho tinha uma pedra...), Quadrilha (João que amava Maria, que amava...) e Poema de sete faces (Quando nasci, um anjo torto...), Drummond fez por merecer as honrarias com que algumas cidades o homenagearam no dia de hoje. 

Com certeza para o próximo ano, quando a efeméride será mais "comemorável" - afinal 110 anos são mais simbólicos que 109 -, o autor receberá ainda maiores festejos, a começar com a já anunciada indicação de seu nome como homenageado na Flip de 2012. Oxalá possamos estar aqui para ver outro dia D.

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